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Casa do Povo
A Casa do Povo da Candelária foi a primeira a ser fundada na ilha do Pico em 1948, mais precisamente no dia 11 de dezembro desse ano, e é a mais antiga da Ilha Montanha.
Os dirigentes fundadores foram os sócios José Leal Camacho, Manuel Rodrigues das Neves e Manuel Pereira da Rosa.
Desde a data da sua fundação até dezembro de 1984, teve a sua sede num edifício sito à Rua da Cruz, atualmente em ruínas, alugado a Virgílio Correia Bettencourt. Mais tarde e por diversas vezes, este também desempenhou o cargo de presidente da direção.
Em 1 de dezembro de 1984 foi inaugurada pelo Dr. Carlos Henriques Costa Neves, na época Secretário Regional dos Assuntos Sociais, a atual sede no Largo D. José da Costa Nunes, com uma grandiosa festa.
A grande maioria da população aderiu às Casa do Povo das suas localidades. Por exemplo, de janeiro de 1967 a dezembro de 2020 inscreveram-se ou reinscreveram-se como sócios contribuintes 1247 sócios.
De janeiro de 1967 até julho de 1984 inscreveram-se como sócios efetivos da Casa do Povo da Candelária 1147 residentes da freguesia. Também existiam sócios protetores. As cotas dos sócios efetivos em 1960 tinham o valor de 3$00, as de protetor em 1970 eram do valor de 5$00.
De salientar, a colaboração do então pároco da freguesia, Pe. Manuel Goulart Serpa, o qual pertencia aos orgãos sociais, fazendo eco de todos os benefícios através do Boletim Paroquial “O LUZEIRO”.
O exemplo da Casa do Povo da Candelária depressa contagiou e potenciou o aparecimento de outras Casas do Povo por toda a ilha do Pico.
A Casa do Povo da Candelária adquiriu edifícios de apoio na Rua da Eira, nos quais tem vindo a funcionar a respetiva Cantina, inicialmente por conta própria e muito recentemente alugada a particulares. Na década de 70 começou a funcionar no edifício que hoje é a sede do Agrupamento de Escuteiros 808, sito à Rua da Cruz.
A história da Casa do Povo da Candelária mistura-se, na realidade, com a vida cultural, desportiva e social da freguesia da Candelária de realçar, por exemplo, na cultura o Grupo de Teatro formado por jovens da freguesia levando a cena a “Lenda de Frei Matias”, no dia da inauguração da nova Sede da Casa do Povo. O autor do texto e encenador foi Manuel Goulart Serpa.
Nesta Casa também se fez um Curso de Culinária liderado por Marília Goulart, um Curso de Educação Permanente (Estanho, Bordados e Pintura) monitorizado por Ilda Silveira e foi ainda publicado o boletim paroquial “O Candelabro”.
No desporto, o Futebol, Basquetebol, Corta Mato, Pesca Desportiva e Voleibol dinamizaram, fortemente a vida de um largo núnero de jovens resultando numa composta sala de troféus.
COSTA, José Carlos, in As Casas do Povo da Ilha do Pico, 59-90, 2018.
Escola
Agrupamento de Escuteiros 808 de Candelária
Há mais de 16 anos, no Verão de 1986, um grupo de cidadãos, constituído por Ana Paula Goulart, Néli Araújo Goulart, Gracinda Jorge, Hélia Matos, Zoraida Pereira, Salomé Dias, Victorina Silveira, Henrique Faria Paulos, Laurindo Cardoso, José Manuel Silveira, José Carlos Costa, Neomésio Cardoso, José Armando Sousa e Francisco Pereira, entusiasmados pelo Pe. Carlos Alberto Miranda Cabral, reuniu à luz da vela na casa da Srªa Palmira Costa. Foram semanas de estudo à volta de uma mesa, de viagens à residência da saudosa Chefe Maria dos Santos Porto e de telefonemas para o Chefe Jaime do 171 das Angústias.
Até então somente quem tinhas uma ténue experiência de escutismo era o Chefe Henrique Paulos. Para os outros eram os primeiros passos, o juntar rapazes na pista de um ideal e de um projeto de Agrupamento, que foi ganhando forma e conteúdo.
Desde o início, teve como Chefes de Agrupamento Henriqeu Paulos, José Costa e Neomésio Cardoso.
O 808 fez a sua primeira velada de armas e promessa de dirigente no dia 31 de janeiro de 1987. os rapazes fizeram as suas promessas no dia 1 de fevereiro do mesmo ano e no dia 2, dia da Senhora das Candeias, participaram na procissão da sua padroeira.
A Alcateia tem por seu patrono Santo António do Monte e tomou o nº 47.
o patrono dos Exploradores é D. José da Costa Nunes e este grupo ficou com o nº 45, sendo oficializados pela Ordem de Serviço nº 414 do CNE.
Estes atos oficiais foram publicados no dia 28 de fevereiro de 1987 na Revista “Flor de Lis”.
1. Domingos Sávio é o patrono dos pioneiros e foi-lhes atribuído o nº 41.
Santa Teresinha é por sua vez a padroeira o Clã, que ficou com o nº 33.
Estes grupos foram oficializados pela Ordem de Serviço nº 431, publicada com data de 30 de junho de 1990.
Durante estes anos já passaram pelo Agrupamento mais de 206 jovens.
Adquirida e recuperada a sua Sede, esta foi inaugurada em 15 de março de 1992, sendo considerada um dos melhores espaços escutistas a nível regional.
Para além de manter mensalmente o Jornal “O ESCUTEIRO”, que já conta com mais de 168 números publicados, e de já ter tido um conjunto musical, foi também graças aos Escuteiros que o Candelária Sport Clube, na sua mais recente versão, se projetou para altos voos.
Ao longo da sua história, tem participado com regularidade em atividades como, por exemplo, limpeza da montanha e da orla marítima, colocação de placas de sensibilização para proteção do meio ambiente, exploração de grutas, desfiles, caminhadas pela paz e por Timor, segurança de ralis, Corrida dos Reis e procissões, visitas a enfermos, festas de natal, peditório para a Liga Portuguesa Contra o Cancro, para a Cruz Vermelha Portuguesa e para a Associação dos Amigos de Raoul Follereau.
Em atividades estritamente escutistas, o Clã do Agrupamento já percorreu a pé os 726KM à volta de todas as Ilhas dos Açores e também já realizou uma atividade no Santuário de Fátima. Os Pioneiros, esses foram numa atividade à Ilha da Madeira.
No que concerne a Acampamentos forma inúmeros os realizados.
Temos a realçar a participação e envolvência deste Agrupamento no I Indaba Regional, o seu contributo na organização do VIII Jamboree Açoreano, a sua colaboração no IX e X Jamboree e, por último, uma quota parte da realização do I, II e III ACANUCs.
Em termos de formação, participou em todos os Cursos de Iniciação Prática concretizados no Pico, ora com formandos, ora exclusivamente com formadores, aliás este agrupamento tem o privilégio de ter um Formador Adjunto do Quadro de Formadores do Corpo Nacional de Escutas entre os seus elementos.
A Junta de Núcleo do Pico está sedeada na Candelária e parte da equipa diretiva que a compõe pertence ao 808, nomeadamente o seu Chefe de Núcleo e a Secretária Financeira, respetivamente os dirigentes José Carlos Costa e Zoraida Pereira.
Depois desta longa folha de serviço qeu, ao fim e ao cabo, foi resumo da vida deste Agrupamento, através do qual milhares de quilómetros foram percorridos, milhares de noites foram dormidas em campo e que só foi possível chegar onde se chegou, porque Deus nunca colocou pedrinha no sapato dos escuteiros, antes pelo contrário, sempre os ajudou a caminhar numa atividade, o que fez do 808 um dos Agrupamento mais ativos da Região Autónoma dos Açores.
Interessante será dizer ainda, e por razões de curiosidade, que na Sede do Agrupamento já se fizeram atividades tão diversas como sejam gravações para o primeiro CD do Grupo Folclórico da Casa do Povo de Candelária, o acolhimento de grupos vindos de fora, retiros de espiritualidade franciscana para jovens, a venda de tangerinas e ananases, o fabrico da tradicional Angelica com uvas produzidas na vinha do Agrupamento, estufas e, inclusivamente, criou-se um porco e fez-se uma matança à moda antiga.
Sabiam que os blocos de numeração do cemitério da freguesia foram construídos nos Escuteiros?
Sabiam que os Escuteiros foram de fragata para a Terceira e na lancha “Espalamaca” fretada para a Graciosa?
Sabiam que os Escuteiros da Candelária fizeram mais de 1100 pares de albarcas para o VII Jamboree?
Sabiam que o Clã do Agrupamento 808 já deu uma conferência de imprensa no Auditório da Juventude em São Miguel?
Sabiam que o primeiro Conselho Regional de Representantes a realizar-se fora das Ilhas de Terceira e de São Miguel teve lugar na Candelária do Pico?
Sabiam que já passaram pelo 808 rapazes e raparigas que hoje são advogados, psicólogos, professores, agentes da PSP e da GNR, industriais, empregados de comércio, agricultores, cozinheiros, enfermeiros, pintores e funcionários públicos?
Se o não sabiam, ficam a conhecer estão estes elementos.
Atualmente o Agrupamento é constituído por 67 escuteiros.
COSTA, José Carlos, in A Luz Vem do Basalto, – edição da Fábrica da Igreja Paroquial da Candelária e da Câmara Municipal da Madalena, 105-109, 2004.




Há mais de 16 anos, no Verão de 1986, um grupo de cidadãos, constituído por Ana Paula Goulart, Néli Araújo Goulart, Gracinda Jorge, Hélia Matos, Zoraida Pereira, Salomé Dias, Victorina Silveira, Henrique Faria Paulos, Laurindo Cardoso, José Manuel Silveira, José Carlos Costa, Neomésio Cardoso, José Armando Sousa e Francisco Pereira, entusiasmados pelo Pe. Carlos Alberto Miranda Cabral, reuniu à luz da vela na casa da Srªa Palmira Costa. Foram semanas de estudo à volta de uma mesa, de viagens à residência da saudosa Chefe Maria dos Santos Porto e de telefonemas para o Chefe Jaime do 171 das Angústias.
Até então somente quem tinhas uma ténue experiência de escutismo era o Chefe Henrique Paulos. Para os outros eram os primeiros passos, o juntar rapazes na pista de um ideal e de um projeto de Agrupamento, que foi ganhando forma e conteúdo.
Desde o início, teve como Chefes de Agrupamento Henriqeu Paulos, José Costa e Neomésio Cardoso.
O 808 fez a sua primeira velada de armas e promessa de dirigente no dia 31 de janeiro de 1987. os rapazes fizeram as suas promessas no dia 1 de fevereiro do mesmo ano e no dia 2, dia da Senhora das Candeias, participaram na procissão da sua padroeira.
A Alcateia tem por seu patrono Santo António do Monte e tomou o nº 47.
o patrono dos Exploradores é D. José da Costa Nunes e este grupo ficou com o nº 45, sendo oficializados pela Ordem de Serviço nº 414 do CNE.
Estes atos oficiais foram publicados no dia 28 de fevereiro de 1987 na Revista “Flor de Lis”.
1. Domingos Sávio é o patrono dos pioneiros e foi-lhes atribuído o nº 41.
Santa Teresinha é por sua vez a padroeira o Clã, que ficou com o nº 33.
Estes grupos foram oficializados pela Ordem de Serviço nº 431, publicada com data de 30 de junho de 1990.
Durante estes anos já passaram pelo Agrupamento mais de 206 jovens.
Adquirida e recuperada a sua Sede, esta foi inaugurada em 15 de março de 1992, sendo considerada um dos melhores espaços escutistas a nível regional.
Para além de manter mensalmente o Jornal “O ESCUTEIRO”, que já conta com mais de 168 números publicados, e de já ter tido um conjunto musical, foi também graças aos Escuteiros que o Candelária Sport Clube, na sua mais recente versão, se projetou para altos voos.
Ao longo da sua história, tem participado com regularidade em atividades como, por exemplo, limpeza da montanha e da orla marítima, colocação de placas de sensibilização para proteção do meio ambiente, exploração de grutas, desfiles, caminhadas pela paz e por Timor, segurança de ralis, Corrida dos Reis e procissões, visitas a enfermos, festas de natal, peditório para a Liga Portuguesa Contra o Cancro, para a Cruz Vermelha Portuguesa e para a Associação dos Amigos de Raoul Follereau.
Em atividades estritamente escutistas, o Clã do Agrupamento já percorreu a pé os 726KM à volta de todas as Ilhas dos Açores e também já realizou uma atividade no Santuário de Fátima. Os Pioneiros, esses foram numa atividade à Ilha da Madeira.
No que concerne a Acampamentos forma inúmeros os realizados.
Temos a realçar a participação e envolvência deste Agrupamento no I Indaba Regional, o seu contributo na organização do VIII Jamboree Açoreano, a sua colaboração no IX e X Jamboree e, por último, uma quota parte da realização do I, II e III ACANUCs.
Em termos de formação, participou em todos os Cursos de Iniciação Prática concretizados no Pico, ora com formandos, ora exclusivamente com formadores, aliás este agrupamento tem o privilégio de ter um Formador Adjunto do Quadro de Formadores do Corpo Nacional de Escutas entre os seus elementos.
A Junta de Núcleo do Pico está sedeada na Candelária e parte da equipa diretiva que a compõe pertence ao 808, nomeadamente o seu Chefe de Núcleo e a Secretária Financeira, respetivamente os dirigentes José Carlos Costa e Zoraida Pereira.
Depois desta longa folha de serviço qeu, ao fim e ao cabo, foi resumo da vida deste Agrupamento, através do qual milhares de quilómetros foram percorridos, milhares de noites foram dormidas em campo e que só foi possível chegar onde se chegou, porque Deus nunca colocou pedrinha no sapato dos escuteiros, antes pelo contrário, sempre os ajudou a caminhar numa atividade, o que fez do 808 um dos Agrupamento mais ativos da Região Autónoma dos Açores.
Interessante será dizer ainda, e por razões de curiosidade, que na Sede do Agrupamento já se fizeram atividades tão diversas como sejam gravações para o primeiro CD do Grupo Folclórico da Casa do Povo de Candelária, o acolhimento de grupos vindos de fora, retiros de espiritualidade franciscana para jovens, a venda de tangerinas e ananases, o fabrico da tradicional Angelica com uvas produzidas na vinha do Agrupamento, estufas e, inclusivamente, criou-se um porco e fez-se uma matança à moda antiga.
Sabiam que os blocos de numeração do cemitério da freguesia foram construídos nos Escuteiros?
Sabiam que os Escuteiros foram de fragata para a Terceira e na lancha “Espalamaca” fretada para a Graciosa?
Sabiam que os Escuteiros da Candelária fizeram mais de 1100 pares de albarcas para o VII Jamboree?
Sabiam que o Clã do Agrupamento 808 já deu uma conferência de imprensa no Auditório da Juventude em São Miguel?
Sabiam que o primeiro Conselho Regional de Representantes a realizar-se fora das Ilhas de Terceira e de São Miguel teve lugar na Candelária do Pico?
Sabiam que já passaram pelo 808 rapazes e raparigas que hoje são advogados, psicólogos, professores, agentes da PSP e da GNR, industriais, empregados de comércio, agricultores, cozinheiros, enfermeiros, pintores e funcionários públicos?
Se o não sabiam, ficam a conhecer estão estes elementos.
Atualmente o Agrupamento é constituído por 67 escuteiros.
COSTA, José Carlos, in A Luz Vem do Basalto, – edição da Fábrica da Igreja Paroquial da Candelária e da Câmara Municipal da Madalena, 105-109, 2004.
Corpo Nacional de Escutas - Junta de Núcleo do Pico
Corpo Nacional de Escutas - Junta de Núcleo do Pico
Folclore
Das atividades desenvolvidas no âmbito da Casa do Povo destaca-se o seu Grupo Folclórico, o mais antigo dos Açores.
Foram seus fundadores José da Rosa de Lemos, Manuel Inácio de Sousa Jr (Cajardo), Francisco Furtado Moniz e Alfredo da Rufina.
Este afamado Grupo, que a todos nos orgulha, atuou pela primeira vez no dia 22 de maio de 1949, na Quinta de São Lourenço, localidade nos arredores da cidade da Horta. Nesse certame de folclore o Grupo arrecadou o segundo prémio e tornar-se-ia numa referência do Folclore Regional e Nacional.
Em 1963 o Grupo Folclórico deslocou-se pela primeira vez ao Continente , onde atuou em Viana do Castelo, Figueira da Foz e Lisboa, merecendo as melhores referências por parte da crítica da altura e rasgados elogios da organização dos festivais e pela atuação na RTP. Na digressão realizada foi orientador do Grupo, José Rosa de Lemos.
Quatro anos decorridos voltou o Grupo ao Continente para atuar e representar o folclore do distrito e dos Açores.
Depois de algum tempo de estagnação, o Grupo reanimou-se e rejuvenesceu-se no ano de 1970, criando inclusivamente um Grupo Juvenil que servia de escola para o Grupo.
O dinamismo, a qualidade e a persistência dos seus elementos mantiveram sempre desde esse ano o Grupo bem ativo, chegando frequentemente a ajudar os outros Grupos do Concelho da Madalena.
O Grupo Folclórico da Casa do Povo da Candelária, sendo sócio fundador da Federação de Folclore Português, atuou em todas as Ilhas da Região Autónoma dos Açores, à exceção da ilha do Corvo, de norte a sul do Continente e fez digressões ao Canadá e Estados Unidos da América em 1976 e ao Canadá em 1977.
Fiel ao seu reportório e aos seus trajes, resistiu de forma persistente durante mais de meio século de vida e continua a constituir um orgulho para a freguesia da Candelária, para o concelho da Madalena e para a Ilha do Pico.
Dos números interpretados pelo Grupo Folclórico mencionamos dois que se referem ao amor à terra e à Ilha do Pico.
O primeiro é o “Eu Cá Sei”, o número preferido da Rainha do Fado, Amália Rodrigues, e o segundo é a “Tirana”.
Das atividades desenvolvidas no âmbito da Casa do Povo destaca-se o seu Grupo Folclórico, o mais antigo dos Açores.
Foram seus fundadores José da Rosa de Lemos, Manuel Inácio de Sousa Jr (Cajardo), Francisco Furtado Moniz e Alfredo da Rufina.
Este afamado Grupo, que a todos nos orgulha, atuou pela primeira vez no dia 22 de maio de 1949, na Quinta de São Lourenço, localidade nos arredores da cidade da Horta. Nesse certame de folclore o Grupo arrecadou o segundo prémio e tornar-se-ia numa referência do Folclore Regional e Nacional.
Em 1963 o Grupo Folclórico deslocou-se pela primeira vez ao Continente , onde atuou em Viana do Castelo, Figueira da Foz e Lisboa, merecendo as melhores referências por parte da crítica da altura e rasgados elogios da organização dos festivais e pela atuação na RTP. Na digressão realizada foi orientador do Grupo, José Rosa de Lemos.
Quatro anos decorridos voltou o Grupo ao Continente para atuar e representar o folclore do distrito e dos Açores.
Depois de algum tempo de estagnação, o Grupo reanimou-se e rejuvenesceu-se no ano de 1970, criando inclusivamente um Grupo Juvenil que servia de escola para o Grupo.
O dinamismo, a qualidade e a persistência dos seus elementos mantiveram sempre desde esse ano o Grupo bem ativo, chegando frequentemente a ajudar os outros Grupos do Concelho da Madalena.
O Grupo Folclórico da Casa do Povo da Candelária, sendo sócio fundador da Federação de Folclore Português, atuou em todas as Ilhas da Região Autónoma dos Açores, à exceção da ilha do Corvo, de norte a sul do Continente e fez digressões ao Canadá e Estados Unidos da América em 1976 e ao Canadá em 1977.
Fiel ao seu reportório e aos seus trajes, resistiu de forma persistente durante mais de meio século de vida e continua a constituir um orgulho para a freguesia da Candelária, para o concelho da Madalena e para a Ilha do Pico.
Dos números interpretados pelo Grupo Folclórico mencionamos dois que se referem ao amor à terra e à Ilha do Pico.
O primeiro é o “Eu Cá Sei”, o número preferido da Rainha do Fado, Amália Rodrigues, e o segundo é a “Tirana”.
À data de 31 de outubro de 2020 o grupo é constituído por 35 pessoas:
Presidente
Luís Filipe Medeiros Pereira
Luís Filipe Medeiros Pereira
Vice-Presidente
Sénio de Jesus Sousa Silveira
Sénio de Jesus Sousa Silveira
Secretária
Jeni Carla Dias de Sousa
Jeni Carla Dias de Sousa
Tesoureira
Fernanda Antónia Sousa Silveira
Ana Filipa Dias Pereira
André Filipe Fialho Pereira
Angela Margarida Silva
Aurea Maria Gonçalves Dias
Aureo Fernando Silveira
Bruna Isabel Martins Pereira
Carlos Alberto Machado
Catarina Isabel Medeiros Pereira
Daniela Sousa Silveira
Décio Nelson Leal
Eva Maria Gonçalves Dias Garcia
Fábio Sousa Silveira
Francisco Dias Garcia
Guilherme Dias Garcia
Jacinta Dias Ribeiro
João Pedro Medeiros Pereira
José António Sousa Garcia
José Urbano Leal
Luís Carlos Matos Garcia
Manuel Eduino Garcia de Sousa
Márcia Cristina Castro Brás
Maria Gabriela Sousa Moniz
Maria Nazaré Garcia Sousa Leal
Mário Lino Leal
Marla Sofia Costa Neves
Matilde Dias Garcia
Pedro Borba Costa
Sara Sousa Serpa
Vagner Filipe da Costa Nunes Faria Paulos
Vitorino Rodrigues Dias
Zenaida Maria Dias de Sousa
COSTA, José Carlos, in A Luz Vem do Basalto, Edição de Fábrica da Igreja Paroquial da Candelária e da Câmara Municipal da Madalena, 100, 2004.
COSTA, José Carlos, in As Casas do Povo da Ilha do Pico, 59-75, 2018.



Fernanda Antónia Sousa Silveira
Ana Filipa Dias Pereira
André Filipe Fialho Pereira
Angela Margarida Silva
Aurea Maria Gonçalves Dias
Aureo Fernando Silveira
Bruna Isabel Martins Pereira
Carlos Alberto Machado
Catarina Isabel Medeiros Pereira
Daniela Sousa Silveira
Décio Nelson Leal
Eva Maria Gonçalves Dias Garcia
Fábio Sousa Silveira
Francisco Dias Garcia
Guilherme Dias Garcia
Jacinta Dias Ribeiro
João Pedro Medeiros Pereira
José António Sousa Garcia
José Urbano Leal
Luís Carlos Matos Garcia
Manuel Eduino Garcia de Sousa
Márcia Cristina Castro Brás
Maria Gabriela Sousa Moniz
Maria Nazaré Garcia Sousa Leal
Mário Lino Leal
Marla Sofia Costa Neves
Matilde Dias Garcia
Pedro Borba Costa
Sara Sousa Serpa
Vagner Filipe da Costa Nunes Faria Paulos
Vitorino Rodrigues Dias
Zenaida Maria Dias de Sousa
COSTA, José Carlos, in A Luz Vem do Basalto, Edição de Fábrica da Igreja Paroquial da Candelária e da Câmara Municipal da Madalena, 100, 2004.
COSTA, José Carlos, in As Casas do Povo da Ilha do Pico, 59-75, 2018.
Tunas
Tunas
Decorria o ano de 1939, início da II Grande Guerra Mundial, e na Candelária era pároco o Pe. Francisco Pimentel de Sousa. Homem dotado de elevados conhecimentos musicais e dos seus métodos de ensino, resolveu abrir aulas, no sentido de preparar mulheres e homens para o Grupo Coral e também festejar o Natal com melodias e cânticos ao Menino Jesus.
A adesão foi bastante boa, principalmente do sexo masculino, entre os quais Francisco de Matos Bettencourt, residente na Rua do Alto e José da Rosa de Lemos, do Biscoito, entretanto já falecido.
Pouco tempo depois de uma caminhada de aprendizagem, e já sem contar com o Pe. Francisco Pimentel de Sousa, por ter sido substituído pelo Pe. Dinis Arruda Vieira Anselmo, resolveram organizar um Rancho de Natal e, deste modo, pôr em prática os seus conhecimentos. Porém, logo a seguir, surgiu o primeiro contratempo. Francisco de Matos Bettencourt desentendeu-se com alguns elementos do grupo e resolveu separar-se e fazer um Rancho de Natal denominado “Rancho da Cruz”. O mesmo sucedeu com José da Rosa de Lemos, que também ensaiou um Rancho de Natal, identificado como sendo o “Rancho do Biscoito”, ou melhor, do José da Rosa.
Daí por diante cada um criou e manteve a sua escola de música. Como resultado desta rivalidade, apareceram belíssimos Ranchos de Natal que disputavam junto da opinião pública a designação da melhor toada…
Com o aparecimento da Casa do Povo nos finais dos anos 40, os dirigentes deste Organismo foram diplomaticamente entusiasmando os dois grupos para que se juntassem e organizassem uma única Tuna, que passaria a atuar com o nome da Casa do Povo de Candelária.
Tanto insistiram estes dirigentes que conseguiram esse objetivo, tendo esta famosa Tuna atuado nas Ilhas do Faial e do Pico, representando com orgulho a sua terra.
Francisco de Matos Bettencourt, por motivos de doença e de desagrado com a vivência da Tuna, entendeu desistir, mas, passado algum tempo e porque o bichinho ficara a roer, resolveu voltar a ensinar música com o objetivo de ressuscitar o “Rancho da Cruz”. Começou por ensinar na Eira, em casa de António Rodrigues Dias (Ferreiro), os seus dois filhos e um sobrinho. Volvido algum tempo, passou a ensinar na casa do Joaquim Malícia, sita na Canada Nova, porque o número de alunos aumentava de dia para dia. Foi assim ensinando música e instrumentos de corda até restabelecer a atividade do mencionado Rancho, que não se limitava a atuar no primeiro dia do ano e pelos Reis, mas também em diversas festas na freguesia, na Madalena e na cidade da Horta.
Com o desenvolvimento da guerra do Ultramar existiram anos em que não houve, por parte do “Rancho da Cruz”, qualquer atividade.
Francisco de Matos Bettencourt sempre ensinou música à juventude da freguesia e, nos últimos anos, assumiu uma representação forte nos Ranchos de Natal da Candelária.
No dia 18 de novembro de 1998 foi criada uma associação, a qual respeitou a denominação outrora adoptada de “Tuna da Cruz”, mais precisamente com a designação oficial de Sociedade Cultural de Música e Instrumentos de Cordas da Tuna da Cruz Candelária. Foi a constituição trás mencionada publicada no Jornal Oficial – III Série – Nº 2 de 29-1-1999.
COSTA, José Carlos, in A Luz Vem do Basalto,Edição de Fábrica da Igreja Paroquial da Candelária e da Câmara Municipal da Madalena, 103-104, 2004.
Decorria o ano de 1939, início da II Grande Guerra Mundial, e na Candelária era pároco o Pe. Francisco Pimentel de Sousa. Homem dotado de elevados conhecimentos musicais e dos seus métodos de ensino, resolveu abrir aulas, no sentido de preparar mulheres e homens para o Grupo Coral e também festejar o Natal com melodias e cânticos ao Menino Jesus.
A adesão foi bastante boa, principalmente do sexo masculino, entre os quais Francisco de Matos Bettencourt, residente na Rua do Alto e José da Rosa de Lemos, do Biscoito, entretanto já falecido.
Pouco tempo depois de uma caminhada de aprendizagem, e já sem contar com o Pe. Francisco Pimentel de Sousa, por ter sido substituído pelo Pe. Dinis Arruda Vieira Anselmo, resolveram organizar um Rancho de Natal e, deste modo, pôr em prática os seus conhecimentos. Porém, logo a seguir, surgiu o primeiro contratempo. Francisco de Matos Bettencourt desentendeu-se com alguns elementos do grupo e resolveu separar-se e fazer um Rancho de Natal denominado “Rancho da Cruz”. O mesmo sucedeu com José da Rosa de Lemos, que também ensaiou um Rancho de Natal, identificado como sendo o “Rancho do Biscoito”, ou melhor, do José da Rosa.
Daí por diante cada um criou e manteve a sua escola de música. Como resultado desta rivalidade, apareceram belíssimos Ranchos de Natal que disputavam junto da opinião pública a designação da melhor toada…
Com o aparecimento da Casa do Povo nos finais dos anos 40, os dirigentes deste Organismo foram diplomaticamente entusiasmando os dois grupos para que se juntassem e organizassem uma única Tuna, que passaria a atuar com o nome da Casa do Povo de Candelária.
Tanto insistiram estes dirigentes que conseguiram esse objetivo, tendo esta famosa Tuna atuado nas Ilhas do Faial e do Pico, representando com orgulho a sua terra.
Francisco de Matos Bettencourt, por motivos de doença e de desagrado com a vivência da Tuna, entendeu desistir, mas, passado algum tempo e porque o bichinho ficara a roer, resolveu voltar a ensinar música com o objetivo de ressuscitar o “Rancho da Cruz”. Começou por ensinar na Eira, em casa de António Rodrigues Dias (Ferreiro), os seus dois filhos e um sobrinho. Volvido algum tempo, passou a ensinar na casa do Joaquim Malícia, sita na Canada Nova, porque o número de alunos aumentava de dia para dia. Foi assim ensinando música e instrumentos de corda até restabelecer a atividade do mencionado Rancho, que não se limitava a atuar no primeiro dia do ano e pelos Reis, mas também em diversas festas na freguesia, na Madalena e na cidade da Horta.
Com o desenvolvimento da guerra do Ultramar existiram anos em que não houve, por parte do “Rancho da Cruz”, qualquer atividade.
Francisco de Matos Bettencourt sempre ensinou música à juventude da freguesia e, nos últimos anos, assumiu uma representação forte nos Ranchos de Natal da Candelária.
No dia 18 de novembro de 1998 foi criada uma associação, a qual respeitou a denominação outrora adoptada de “Tuna da Cruz”, mais precisamente com a designação oficial de Sociedade Cultural de Música e Instrumentos de Cordas da Tuna da Cruz Candelária. Foi a constituição trás mencionada publicada no Jornal Oficial – III Série – Nº 2 de 29-1-1999.
COSTA, José Carlos, in A Luz Vem do Basalto,Edição de Fábrica da Igreja Paroquial da Candelária e da Câmara Municipal da Madalena, 103-104, 2004.